PADRÃO DE ENERGIA: SE É PADRÃO, POR QUE SÃO TÃO DIFERENTES?

PADRÃO DE ENERGIA: SE É PADRÃO, POR QUE SÃO TÃO DIFERENTES?

No dia 21 de outubro 1879 Thomas Edson, inventou a primeira lâmpada efetivamente comercial, no mesmo ano ele foi convidado por D. Pedro II para instalar o primeiro gerador para iluminar a estação central da estrada de ferro, deste ponto em diante não parou de crescer, tendo em 1889 sido inaugurada a primeira “grande” usina hidrelétrica com capacidade de geração de 250 KW, batizada de marmelos-zero no rio Paraibuna.

Em 1930 no governo do presidente Getúlio Vargas, foram criadas as primeiras agencias responsáveis pela regulação e fiscalização dos serviços de energia elétrica, 66 anos após é criada a ANEL.
Atualmente ela é responsável por todo o setor de distribuição elétrica e com base na resolução n°414, dita todas as regras para as distribuidoras, sobre cobranças, qualidade, etc.

Apesar de regular as empresa de distribuição, a resolução n°414 dá uma certa autonomia em algumas questões técnicas, uma delas é sobre o ponto, onde a concessionaria entrega a energia, no qual se faz a interligação da sua rede com o usuário final, comumente chamado de padrão de entrada.

Eles são dimensionados conforme a carga instalada ou demandada pelo solicitante, podendo ser monofásico, bi ou trifásicos.

Toda concessionária (amparada pela res. n°414) dispõe de suas próprias normas para os padrões energia, é mais comum do que se pensa, estar em uma determinada região e dimensionar um padrão para um cliente, e se deslocar poucas dezenas de quilômetros e ter que dimensionar um padrão bem diferente do que anteriormente dimensionado; bastando para isso ser a área de atuação de uma outra concessionária.

Devemos estar atentos, seja na fase de projeto ou execução, saber qual concessionária é responsável pelo local e consultar sua norma, que deve ser disponibilizado seja de maneira física ou eletrônica.

Existem vários tipos e categorias de padrões, podendo variar o tamanho da caixa, o tipo do poste, secção dos cabos elétricos e corrente dos disjuntores, ultimamente tem se popularizado o chamado poste padrão, onde a caixa de medição e proteção, está fundida no concreto do poste formando uma única peça, otimizando o espaço, facilitando a instalação e principalmente baixando o custo para o consumidor, sendo o mais instalado nas residências e loteamentos.

Enfim, existem vários classificações, individual, agrupada e coletiva, o importante é, sempre procurar um profissional qualificado ou legalmente habilitado para dimensionar qual o padrão exato para a sua necessidade.

Escrita por Eng. Eletricista Fernando Aparecido Camargo (CREA-SP nº5062237383)